O Grande Prêmio do Bahrein de 2025, realizado em 13 de abril em Sakhir, foi um pesadelo para Max Verstappen e a Red Bull. O tetracampeão mundial de Fórmula 1 não mediu palavras após uma corrida desastrosa, marcada por problemas técnicos e um desempenho péssimo de seu carro RB21. Com a McLaren de Oscar Piastri dominando a corrida, Verstappen terminou em um frustrante sexto lugar, atrás de pilotos como Charles Leclerc, Lewis Hamilton e George Russell. Mas o que realmente virou manchete foram as declarações chocantes do holandês após a corrida: “Se a Red Bull continuar sendo tão estúpida e fazendo do meu carro uma perda de tempo, eu vou embora. Não consigo nem frear direito!” Essas palavras, carregadas de ameaça, abalaram o paddock e reacenderam as especulações sobre o futuro do piloto estrela.
Desde o primeiro treino livre, Verstappen relatou grandes problemas. “O carro é um desastre, não tenho confiança nos freios e os pneus esquentam muito rápido”, disse ele via rádio durante o TL1. Essas dificuldades foram confirmadas na qualificação, onde ele conseguiu apenas o sétimo lugar no grid, muito atrás das McLarens e Ferraris. Seu companheiro de equipe, Yuki Tsunoda, não se saiu melhor, terminando em décimo. A outrora dominante Red Bull parecia incapaz de competir com seus rivais, um forte contraste com as temporadas anteriores, quando Verstappen esmagou a concorrência.
A corrida em si foi uma série de contratempos. Desde o início, Verstappen perdeu posições devido ao giro excessivo das rodas. Depois, problemas de superaquecimento dos pneus o forçaram a diminuir a velocidade, e dois pit stops desastrosos — um atrasado por um erro de sinalização, o outro por um problema durante a troca de pneus — arruinaram suas chances de pódio. “Não consigo nem frear como quero, o carro derrapa em todas as curvas. É uma perda de tempo!”, ele se irritou após a corrida. No final, ele terminou em sexto, atrás do combativo Lewis Hamilton, que, em sua primeira temporada na Ferrari, impressionou ao subir do nono para o quinto lugar.
Os comentários de Verstappen após a corrida foram uma bomba. “Dei tudo o que tinha, mas se a equipe continuar sendo tão estúpida e me der um carro que não funciona, não vejo por que eu ficaria”, disse ele aos repórteres. Essas palavras, carregadas de frustração, imediatamente alimentaram rumores de uma possível ruptura com a Red Bull. Desde o ano passado, surgiram rumores de interesse da Mercedes e da Aston Martin no holandês, principalmente com a chegada de novos regulamentos em 2026, que podem abalar a hierarquia.
O chefe da McLaren, Zak Brown, chegou a prever que Verstappen poderia deixar a Red Bull até o final da temporada de 2025, citando a Mercedes como um destino provável. “Max é um competidor, ele quer vencer. Se ele sentir que a Red Bull não pode mais lhe oferecer isso, ele vai embora”, disse Brown. O ex-piloto e consultor Ralf Schumacher também alertou que Verstappen “não tolerará esse tipo de desempenho ruim por muito tempo”.
Esta temporada é particularmente complicada para a Red Bull. Depois que o lendário engenheiro Adrian Newey foi para a Aston Martin, a equipe perdeu sua competitividade. A McLaren lidera o campeonato de construtores, e Verstappen, apesar de estar em segundo no campeonato de pilotos, vê Lando Norris escapar para a liderança. A vitória no Japão continua sendo o único destaque da temporada para o holandês, que teve resultados decepcionantes na Austrália (aposentadoria) e na China (quarto lugar). “Temos que resolver esses problemas rapidamente, caso contrário, vai se tornar insuportável”, acrescentou, demonstrando uma mistura de raiva e determinação.
Apesar de suas declarações francas, Verstappen tem contrato com a Red Bull até 2028. O chefe da equipe, Christian Horner, tentou acalmar os ânimos: “Max está frustrado, e isso é normal. Estamos trabalhando em melhorias para a próxima corrida na Arábia Saudita.” Atualizações estão planejadas para o RB21, incluindo a correção de problemas de balanceamento e gerenciamento de pneus. Mas se os resultados não melhorarem, a paciência de Verstappen pode chegar ao limite.
Para os fãs, esta saga é tão cativante quanto as próprias corridas. Verstappen, conhecido por sua franqueza e competitividade, está em um momento decisivo em sua carreira. Ele permanecerá leal à Red Bull, a equipe que o levou a quatro títulos mundiais, ou buscará um novo desafio em outro lugar? Uma coisa é certa: o próximo Grande Prêmio, na Arábia Saudita, será crucial para a Red Bull. Se os problemas persistirem, a ameaça de Verstappen pode muito bem se materializar, e o mundo da Fórmula 1 pode testemunhar uma das transferências mais espetaculares de sua história.