Lewis Hamilton e George Russell: Um novo capítulo na Fórmula 1
A Fórmula 1 sempre foi palco de emoções intensas, rivalidades eletrizantes e mudanças que agitam o paddock. Em 2025, uma das mudanças mais notáveis foi a saída de Lewis Hamilton da Mercedes para a Ferrari, deixando George Russell como líder da equipe alemã ao lado do jovem prodígio Andrea Kimi Antonelli. Essa mudança gerou um turbilhão de especulações, entusiasmo e expectativa sobre como ambos os pilotos se sairão em suas novas funções. A pergunta que não quer calar é: quem sairá vitorioso nesta nova era?
Lewis Hamilton, o heptacampeão mundial, decidiu fazer uma mudança radical em sua carreira ao assinar com a Ferrari, realizando um sonho de infância. No entanto, seu início com a equipe italiana não foi como esperado. Apesar de uma vitória na corrida sprint na China, Hamilton lutou para se adaptar ao novo ambiente. Como ele mesmo admitiu, a Ferrari opera de forma muito diferente da Mercedes, desde a configuração do carro até a dinâmica da equipe. Em uma entrevista à Sky Sports após o Grande Prêmio do Canadá, Hamilton expressou sua frustração após um incidente incomum: “Eu não vi isso acontecer, mas me disseram que bati em uma marmota, o que é devastador. Eu amo animais, então estou muito triste com isso.” Este acidente danificou o assoalho de seu carro, custando-lhe meio segundo por volta e relegando-o ao sexto lugar. Apesar desses contratempos, Hamilton permanece otimista, focando na adaptação aos freios Brembo e em um estilo de pilotagem completamente novo.
Por outro lado, George Russell assumiu com confiança a liderança da Mercedes. Aos 27 anos, o piloto britânico provou estar pronto para levar a equipe a novos patamares. No Grande Prêmio do Canadá, Russell conquistou sua primeira vitória da temporada, aproveitando ao máximo as condições frias que favoreceram o carro da Mercedes. “É incrível estar de volta ao topo. Conseguir a vitória e ver Kimi no pódio também é um dia incrível para a equipe”, disse Russell após a corrida. Sua capacidade de se adaptar a um carro inconsistente e seu estilo de pilotagem, descrito como um equilíbrio entre a suavidade de Jenson Button e a agressividade de Hamilton, fizeram dele uma peça-chave para a Mercedes. De acordo com o analista Karun Chandhok, Russell é “um dos pilotos mais limpos” do grid, uma qualidade que reforça sua reputação dentro e fora da pista.
O relacionamento entre Hamilton e Russell durante seus três anos como companheiros de equipe na Mercedes foi sólido, embora não isento de tensões. Em 2024, Hamilton insinuou que a equipe favorecia Russell, especialmente após a alocação de uma atualização aerodinâmica em Mônaco. No entanto, Russell refutou graciosamente essas alegações: “Não, de jeito nenhum. O relacionamento é bom”, disse ele ao GPblog quando questionado se o anúncio da saída de Hamilton afetou sua dinâmica. Esse profissionalismo também se refletiu em sua mensagem de apoio após o primeiro dia de Hamilton na Ferrari, quando Russell comentou no Instagram: “Auguri fratello” (Parabéns, irmão). Esse gesto demonstra que, apesar da rivalidade na pista, o respeito mútuo persiste.
Para a Ferrari, o desafio é claro: maximizar o talento de Hamilton ao lado de Charles Leclerc para competir contra equipes dominantes como McLaren e Red Bull. O chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, defendeu o desempenho da equipe, observando que, apesar das críticas, eles tiveram uma “recuperação decente” após um início difícil. No entanto, a imprensa italiana questionou sua liderança, aumentando a pressão sobre a equipe. Enquanto isso, a Mercedes parece estar em uma posição promissora com Russell e Antonelli, que podem se beneficiar de um novo motor potente para 2026, de acordo com o ex-estrategista da Mercedes, James Vowles.
O contraste entre a luta de Hamilton na Ferrari e a ascensão de Russell na Mercedes promete manter os fãs em polvorosa. Conseguirá Hamilton recapturar sua magia com o vermelho? Ou Russell chocará o mundo ao liderar a Mercedes à glória? A temporada de 2025 é cheia de incógnitas, mas uma coisa é certa: a Fórmula 1 nunca para de surpreender.