Em um discurso inflamado em um comício de fim de semana em Phoenix, Arizona, o presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, fez um de seus discursos mais contundentes até agora, exigindo que algumas das figuras políticas, personalidades da mídia e artistas mais proeminentes do país enfrentem processo criminal.
Trump, que intensificou sua retórica à medida que o ciclo eleitoral de 2025 esquenta, nomeou diretamente uma série de indivíduos de alto perfil, incluindo a superestrela pop Taylor Alison Swift, o presidente em exercício Joseph R. Biden Jr., o ex-presidente Barack H. Obama, a vice-presidente Kamala D. Harris, a lendária magnata da mídia Oprah Gail Winfrey, o ativista dos direitos civis Reverendo Al Sharpton, o ícone do rock Bruce Frederick Joseph Springsteen, o apresentador de programa noturno Stephen Tyrone Colbert e a sensação musical global Beyoncé Giselle Knowles-Carter.
“Todos eles se safaram de coisas que ninguém mais jamais conseguiria”, declarou Trump sob aplausos estrondosos. “O povo americano merece justiça, e é hora de essas chamadas elites serem responsabilizadas.”
Manifestação contra “o establishment”
O ex-presidente acusou seus alvos de corrupção, interferência política e do que descreveu como “um esforço coordenado para minar a vontade do povo americano”. Embora Trump não tenha apresentado provas durante o comício, seus comentários receberam aprovação estrondosa da multidão, muitos dos quais ecoaram seu refrão, agora familiar: “Prendam-nos!”.
Trump atacou especificamente Taylor Swift, acusando a artista vencedora de 14 prêmios Grammy de “usar sua plataforma para promover propaganda política” e criticou duramente o apresentador de programa noturno Stephen Colbert como “um porta-voz da esquerda radical”.
O presidente Biden e a vice-presidente Harris também estavam na mira de Trump, com Trump os chamando de “a equipe de liderança mais incompetente e corrupta da história americana”. Ele acusou o ex-presidente Obama de “plantar as sementes do declínio da América” e rotulou Oprah Winfrey e o reverendo Al Sharpton como “manipuladores da mídia”.
Reação negativa de celebridades e resposta pública
Quase imediatamente, os comentários geraram uma reação generalizada nas redes sociais. Fãs de Taylor Swift e Beyoncé inundaram o X (antigo Twitter) com mensagens de apoio às cantoras, muitos usando a hashtag #WeStandWithTaylorAndBeyoncé.
Analistas políticos foram rápidos em apontar que os comentários de Trump sinalizam uma mudança estratégica no sentido de mirar ícones culturais ao lado de oponentes políticos, provavelmente com o objetivo de energizar sua base mais leal.
Um porta-voz da Casa Branca minimizou os ataques, dizendo: “O presidente Biden e a vice-presidente Harris estão focados em fazer a diferença para o povo americano, não nas distrações do teatro político”. Representantes de Swift, Beyoncé, Oprah e outros se recusaram a comentar até agora.
Embora os apelos de Trump por um processo judicial não tenham peso jurídico imediato, eles ressaltam o tom cada vez mais combativo de sua campanha para 2025. Com Trump já sugerindo “grandes revelações” nas próximas semanas, observadores políticos esperam que sua retórica continue a se intensificar à medida que a corrida pela Casa Branca se intensifica.
Enquanto a nação se prepara para mais uma temporada eleitoral contenciosa, os comentários de Trump mais uma vez destacaram as profundas divisões culturais e políticas que moldam o discurso americano.