Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, negou recentemente ter visitado a ilha privada caribenha de Jeffrey Epstein, o financista desacreditado que foi acusado de exploração sexual de menores e de comandar uma rede global de tráfico sexual. A negativa ocorre em meio a investigações em andamento sobre as supostas atividades criminosas de Epstein e o envolvimento de várias figuras proeminentes de seu círculo.
Epstein, que foi preso em 2019 sob acusações federais de tráfico sexual de menores, era dono de uma ilha particular nas Ilhas Virgens Americanas chamada Little Saint James. Essa ilha, frequentemente chamada de “Ilha Epstein”, tornou-se infame após a prisão de Epstein, pois acreditava-se que era o local onde grande parte de seus supostos abusos sexuais ocorreram. Várias pessoas de alto perfil, incluindo celebridades, políticos e empresários, foram associadas a Epstein, com rumores e relatos circulando sobre suas visitas à ilha. Um dos nomes repetidamente mencionados em conexão com a ilha de Epstein é Donald Trump.
No entanto, Trump negou consistentemente ter visitado Little Saint James. Em um comunicado divulgado por meio de seu porta-voz, Trump deixou claro que, embora conhecesse Epstein, não tinha envolvimento com as atividades ilegais do financista. “Nunca estive na ilha e não estive envolvido em nenhuma das atividades criminosas de Epstein”, afirmou Trump. “Eu o conhecia, mas ele não era alguém com quem eu me relacionasse depois que ele foi condenado anos atrás.”
Esta declaração visa distanciar Trump do crescente escândalo em torno de Epstein. Os laços de Trump com Epstein remontam à década de 1990, quando ambos faziam parte da elite social de Nova York. Os dois homens foram fotografados juntos em vários eventos sociais, e Trump era conhecido por ter tido um relacionamento pessoal com Epstein. No entanto, após a condenação de Epstein em 2008 por solicitar prostituição de uma menor, Trump se distanciou publicamente de Epstein. Desde então, ele descreveu o relacionamento deles como de “conhecidos” e afirmou ter tido um “desentendimento” com Epstein anos antes de sua prisão.
Apesar das negativas, a conexão entre Trump e Epstein tem sido alvo de intenso escrutínio, especialmente após a misteriosa morte de Epstein em 2019, considerada suicídio por enforcamento enquanto ele estava sob custódia federal aguardando julgamento. A morte de Epstein alimentou teorias da conspiração generalizadas e intensificou ainda mais a investigação sobre sua rede e o potencial envolvimento de figuras influentes.
A negação de Trump, no entanto, pouco fez para acalmar as especulações. Críticos argumentam que Trump pode estar tentando proteger sua reputação em meio a uma investigação mais ampla sobre os associados de Epstein. Além disso, a negação contrasta com relatos anteriores que sugerem que Trump de fato voou no jato particular de Epstein, apelidado de “Lolita Express”, para vários destinos, incluindo o Caribe. Embora Trump tenha reconhecido ter voado no jato de Epstein no passado, ele negou qualquer conhecimento das atividades ilegais de Epstein.
A morte de Epstein deixou muitas perguntas sem resposta, com as investigações continuando sobre sua extensa rede de associados e a possibilidade de outras figuras de alto perfil estarem envolvidas em seus crimes. À medida que o caso se desenrola, o escrutínio em torno daqueles ligados a Epstein, incluindo Donald Trump, permanece uma questão controversa.
Após a prisão e a morte de Epstein, muitas vítimas de seus supostos abusos se manifestaram para compartilhar suas histórias angustiantes. Esses relatos continuam a pintar um quadro perturbador das supostas operações criminosas do financista e dos indivíduos poderosos que podem estar envolvidos. A busca por justiça para as vítimas de Epstein continua sendo uma das principais prioridades das autoridades, com muitos esperando que a investigação leve à responsabilização daqueles que foram cúmplices de seus crimes.
Em suma, embora Donald Trump continue a negar ter visitado a ilha caribenha particular de Epstein, a controvérsia em torno da associação persiste. À medida que surgem mais detalhes sobre as atividades criminosas de Epstein e as figuras a ele ligadas, os holofotes permanecem voltados para aqueles que podem ter desempenhado um papel em seu suposto abuso. Só o tempo dirá se Trump ou outras figuras proeminentes serão implicados no escândalo que continua a chocar o mundo.