Em uma declaração ousada que não chega a ser surpresa, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, expressou seu desejo de ter seu rosto esculpido no Monte Rushmore, juntando-se às figuras icônicas de George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln. O anúncio, feito durante uma recente aparição pública, desencadeou um acalorado debate entre historiadores, analistas políticos e comentaristas culturais sobre a viabilidade, as implicações e o simbolismo de tal proposta. A frase de Trump, “Coloquem-me no Monte Rushmore!”, reacendeu as discussões sobre patrimônio histórico, identidade nacional e os critérios necessários para garantir um lugar no reverenciado monumento.

O Monte Rushmore, localizado na Dakota do Sul, é muito mais do que uma escultura de granito; ele personifica um símbolo da história e dos valores americanos. Os quatro presidentes retratados atualmente foram escolhidos por suas contribuições monumentais à fundação, expansão e preservação da nação. Washington guiou o país à independência, Jefferson escreveu a Declaração de Independência, Roosevelt promoveu a conservação e a reforma econômica, e Lincoln preservou a União durante a Guerra Civil. Adicionar uma quinta face, especialmente uma tão polêmica quanto a de Trump, levanta questões sobre a relevância de seu mandato presidencial em comparação com esses gigantes históricos.
Especialistas reagiram rapidamente. A Dra. Marie Dubois, historiadora especializada em monumentos americanos, argumenta que o Monte Rushmore é um “capítulo fechado” na história, projetado para refletir uma era específica. “O monumento foi concluído em 1941 e seu propósito era homenagear figuras fundadoras”, explica ela. “Adicionar um presidente moderno, independentemente de seu impacto, prejudicaria sua integridade histórica.” Outros, como o analista político Pierre Lambert, veem isso como uma manifestação da personalidade extravagante de Trump. “Trump se destaca em gestos ousados. Este pedido tem menos a ver com o monumento em si do que com a afirmação de seu legado no imaginário coletivo”, observa Lambert.
A opinião pública está igualmente dividida. Os apoiadores de Trump veem seu pedido como uma extensão lógica de sua presidência transformadora, citando suas políticas econômicas, diplomacia internacional e influência na política conservadora. Seus detratores, no entanto, acreditam que a sacralidade do monumento não deve estar sujeita a caprichos políticos contemporâneos. Preocupações ambientais também entram em jogo, já que esculpir um novo rosto exigiria recursos consideráveis ​​e poderia gerar oposição de comunidades indígenas que consideram o local sagrado.
Este debate destaca uma questão mais ampla: como uma nação decide quem merece ser imortalizado? A presidência de Trump, marcada por eventos sem precedentes e profundas divisões, deixou inegavelmente uma marca na história americana. No entanto, se essa marca garante um lugar ao lado dos gigantes fundadores permanece controverso. Por enquanto, o apelo de Trump para ser gravado no Monte Rushmore é um lembrete provocativo de sua capacidade de suscitar conversas e desafiar convenções, garantindo que seu legado — gravado em pedra ou não — seja debatido por muitos anos.