A roda de Catarina, também conhecida como roda de quebra, é considerada um dos instrumentos de tortura e execução mais brutais da história. Foi projetada para infligir dores inimagináveis e prolongar o sofrimento de suas vítimas. Este dispositivo macabro, usado principalmente na Europa medieval e no início da era moderna, não era apenas um meio de punição, mas também um espetáculo público, projetado para dissuadir o crime por meio do medo e do terror. Seu nome, derivado do martírio de Santa Catarina de Alexandria, desmente a imensa crueldade que personificava: dilacerava o corpo, garantindo uma morte lenta e agonizante.
Fabricação de rodas

Origens e contexto histórico
As origens da roda de Santa Catarina são obscuras, mas seu uso se espalhou da Idade Média ao século XVIII na Europa, particularmente na França, Alemanha e Sacro Império Romano-Germânico. O dispositivo recebeu o nome de Santa Catarina, que, segundo a lenda, foi condenada à morte em uma roda com pregos no século IV, mas foi milagrosamente poupada e posteriormente decapitada. Ironicamente, a roda que leva seu nome tornou-se sinônimo de crueldade em vez de salvação divina.
Fabricação de rodas
A roda era usada como punição para crimes hediondos, como assassinato, roubo ou traição. Era especialmente popular em execuções públicas, onde multidões se reuniam para testemunhar o espetáculo macabro. O design e o método da roda variavam de acordo com a região, mas seu propósito principal permanecia o mesmo: maximizar o sofrimento e, ao mesmo tempo, servir como um aviso severo aos outros.
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Estrutura e mecanismo da roda
A roda de fogo era um dispositivo simples, mas diabólico. Consistia tipicamente em uma grande roda de carroça de madeira com raios irradiando de um cubo central. A vítima era amarrada à roda, com os braços e pernas estendidos ou com os membros enfiados nos raios. O carrasco então usava uma pesada barra de ferro, um porrete ou um martelo para quebrar sistematicamente os ossos da vítima, começando pelos membros.
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O processo era metódico e deliberado. Cada golpe estilhaçava ossos, deixando o corpo da vítima mutilado, mas frequentemente ainda vivo. Em algumas variações, a roda era elevada ou girada para aumentar o sofrimento, com os membros quebrados da vítima balançando ou se contorcendo de forma anormal. Após a quebra dos ossos, a roda às vezes era erguida e exposta ao público, deixando a vítima morrer lentamente de choque, perda de sangue ou hipotermia ao longo de horas ou até dias.
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Em alguns casos, os carrascos desferiam um golpe de misericórdia (um golpe final para pôr fim ao sofrimento), mas isso nem sempre era concedido, pois a intenção era frequentemente prolongar a agonia. O design da roda garantia que a vítima permanecesse consciente pelo maior tempo possível, suportando a dor excruciante enquanto seu corpo era dilacerado.
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Evidências arqueológicas e casos notáveis
Descobertas arqueológicas evidenciaram a realidade brutal da execução com rodas. Em 2019, arqueólogos na Polônia descobriram os restos mortais de um homem que provavelmente foi executado com rodas no século XVI ou XVII. O esqueleto apresentava múltiplas fraturas consistentes com o método. Os ossos foram esmagados de forma a sugerir golpes deliberados e repetidos. Essas descobertas confirmam o uso da roda como um método comum de execução em certas regiões.
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Registros históricos também atestam o uso generalizado da roda. Na França, a roda era uma punição padrão para criminosos até o século XVIII, quando foi substituída por métodos mais “humanos”, como a guilhotina. Na Alemanha, a roda era usada em praças públicas, com os carrascos às vezes adaptando o método à gravidade do crime. Em alguns casos, os membros da vítima eram enfiados nos raios da roda antes de se quebrarem, aumentando ainda mais a agonia.
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Efeitos culturais e psicológicos
A roda de fogo era mais do que apenas um castigo físico; era uma arma psicológica. Execuções públicas eram eventos teatrais projetados para espalhar o medo e reforçar a ordem social. A visão de uma vítima se contorcendo e gritando, com o corpo quebrado e retorcido, deixava uma impressão duradoura nos espectadores. O movimento lento e deliberado da roda intensificava o horror, pois as vítimas frequentemente permaneciam em agonia por horas, com seus gritos ecoando pela multidão.
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O dispositivo também tinha significado simbólico. A roda, em outros contextos um símbolo de movimento e progresso, tornou-se um instrumento de destruição, transformando o corpo em uma representação grotesca de sofrimento. Sua associação com Santa Catarina adicionou uma camada de ironia religiosa, já que a ferramenta, que leva o nome de um mártir, tornou-se um símbolo da crueldade humana.
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Declínio e legado
No final do século XVIII e início do século XIX, a roda de fogo caiu em desuso à medida que a sociedade se voltava para formas de punição menos bárbaras. A introdução da guilhotina na França, que prometia execuções rápidas e relativamente indolores, marcou uma mudança de atitude em relação à punição pública. No século XIX, a roda havia praticamente desaparecido dos sistemas jurídicos europeus, mas seu legado permaneceu nos registros históricos e na memória cultural.