O místico russo Grigori Rasputin foi assassinado em 30 de dezembro de 1916 — mas ele só morreu após ser envenenado, baleado e jogado no congelante Rio Neva.

Wikimedia CommonsNobres liderados pelo Príncipe Felix Yusupov assassinaram Grigori Rasputin atirando nele três vezes no Palácio Moika, em São Petersburgo, em 30 de dezembro de 1916.

Até hoje, a morte de Grigori Rasputin continua sendo uma das histórias mais mitificadas da história moderna.

Na noite de 29 de dezembro de 1916, um grupo de nobres que temiam a influência do poderoso homem santo sobre a família real da Rússia o convocou à casa do conspirador Príncipe Felix Yusupov, Moika Palance, em São Petersburgo, e começou a executar seu plano assassino.

Os resultados da autópsia mostram que eles atiraram e mataram Rasputin, atingindo-o com três tiros e matando-o em pouco tempo. No entanto, outros relatos e até mesmo relatos dos envolvidos pintam um quadro mais dramático que permanece em disputa mais de um século depois.

Primeiro, dizem alguns, os conspiradores o envenenaram com chá e bolos contaminados com cianeto, mas ele não demonstrou nenhum sinal de sofrimento. Depois, bebeu três taças de vinho, também envenenado, e mesmo assim continuou inabalável. Às 2h30 da manhã, seus assassinos, atônitos, reuniram-se em um grupo de pessoas para bolar um novo plano.

Wikimedia Commons O assassinato de Gregory Rasputin se tornou uma lenda.

Yusupov então teria sacado um revólver, ordenado a Rasputin para “fazer uma oração” e atirado em seu peito antes de deixá-lo para morrer. Quando os assassinos retornaram ao corpo mais tarde, Rasputin subitamente se levantou e atacou Yusupov antes de perseguir todo o seu bando de agressores até o pátio, onde o espancaram e atiraram várias vezes — mas ele ainda não estava morto.

Por fim, tiveram que enrolá-lo e jogá-lo em um rio congelante, onde ele acabou sucumbindo à hipotermia.

No entanto, muitos acreditam que essas histórias escandalosas não contam a história real da morte de Rasputin. De relatos contemporâneos a análises mais recentes, conheça a história real por trás do assassinato de Grigori Rasputin.

A ascensão de Grigori Rasputin ao poder

Wikimedia CommonsGrigori Rasputin em um mosteiro ortodoxo russo após seu “despertar” religioso.

Nascido em 1869, em relativa obscuridade, em uma família de camponeses na Sibéria, Grigori Rasputin não demonstrou muita inclinação para a religião desde cedo. Seu despertar espiritual veio após visitar um mosteiro aos 23 anos.

Embora nunca tenha recebido ordens sagradas, ele ganhou destaque como uma figura religiosa mística; mais como um profeta do Antigo Testamento do que um padre ortodoxo russo.

Vestido com vestes sujas de monge e despreocupado com higiene pessoal, Rasputin seria a última pessoa que você esperaria ser convidada para participar dos eventos aristocráticos da elite de São Petersburgo, mas ele era uma figura singular na então capital do Império Russo.

Empregando uma força de vontade lendária — alguns chamavam a personalidade de Rasputin de hipnótica, enquanto outros achavam que ele possuía alguma magia sombria e sinistra — Rasputin ascendeu na escala social muito rapidamente.

Depois que Rasputin conseguiu encantar alguns dos parentes mais próximos da família Romanov, ele usou essas conexões para ser apresentado ao czar e à czarina, iniciando um relacionamento com os Romanov que ajudaria a derrubar o Império Russo e continuaria a afetar os eventos muito depois da morte de Rasputin.

O Monge Louco Enfeitiça os Romanov

Wikimedia CommonsA família Romanov, última dinastia governante do Império Russo: Czarina Alexandra, Tsarevich Alexei e Czar Nicolau II.