O veredicto do julgamento federal de P. Diddy foi decidido em 2 de julho. Um advogado falou exclusivamente com o Irish Star sobre como Donald Trump decide para onde Diddy será enviado para enfrentar seu veredicto de culpado de duas acusações.
Na última quarta-feira, 2 de julho de 2025, o mundo da música e do entretenimento foi abalado com a divulgação do veredicto do julgamento federal de Sean “P. Diddy” Combs, um dos nomes mais icônicos do hip-hop. O rapper e magnata da música foi considerado culpado por duas acusações de transporte para prostituição, mas foi absolvido de outras duas acusações de tráfico sexual e uma de conspiração para extorsão. A decisão, tomada por um júri composto por 12 pessoas, marcou um momento crucial em um caso que tem gerado intensos debates e cobertura midiática global. Embora a sentença ainda não tenha sido definida, cada uma das acusações de transporte para prostituição pode acarretar uma pena máxima de até 10 anos de prisão. O destino de Diddy, incluindo o local onde cumprirá sua possível pena, será determinado pela equipe do Departamento de Justiça sob a administração do presidente Donald Trump, uma decisão que adiciona um novo capítulo a essa saga judicial.

O julgamento de Diddy, realizado no tribunal federal de Manhattan, atraiu enorme atenção devido à sua relevância cultural e às implicações para a carreira de um dos maiores ícones do entretenimento. Sean Combs, conhecido por sua influência na música, moda e mídia, enfrentava cinco acusações criminais no total. Desde o início, ele se declarou não culpado e negou veementemente todas as alegações, tanto as criminais quanto aquelas levantadas em processos civis relacionados. Sua equipe de defesa, liderada pelo advogado Brian Steel, trabalhou incansavelmente para apresentar o caso de Diddy, argumentando que as acusações não refletiam a verdade e que as interações mencionadas no julgamento eram consensuais. O veredicto, que absolveu Diddy de três das cinco acusações, foi descrito como uma vitória parcial, mas significativa, por especialistas jurídicos.

John W. Day, um advogado de defesa criminal do Novo México, falou exclusivamente ao Irish Star sobre o desfecho do julgamento. Ele destacou que o resultado representa um triunfo para Diddy e sua equipe de defesa. “Muito provavelmente, o júri acreditou que as pessoas envolvidas, como Cassie e Jane, estavam lá voluntariamente e apreciavam fazer parte do mundo de Diddy, com tudo o que isso implicava”, afirmou Day. Ele explicou que o júri pareceu rejeitar as alegações mais graves de tráfico sexual e extorsão, focando apenas nas acusações de transporte para prostituição. Segundo Day, a ausência de condenações criminais anteriores no histórico de Diddy pode influenciar a sentença, tornando improvável que as penas das duas acusações sejam cumulativas. “Diddy pode pegar no máximo 10 anos por cada acusação, mas é difícil imaginar que o juiz aplique o tempo máximo, considerando o contexto e a falta de antecedentes”, acrescentou.

A questão de onde Diddy cumprirá sua pena, caso seja condenado à prisão, é outro ponto de grande interesse. Day especulou que o Departamento de Justiça, agora sob a administração de Trump, terá a palavra final sobre o local. “Pode ser que ele seja enviado para uma prisão próxima de suas residências em Miami ou Los Angeles, onde ele mantém forte conexão”, sugeriu o advogado. Essa possibilidade reflete a prática comum de alocar prisioneiros a instalações próximas de suas bases familiares, o que poderia facilitar visitas e apoio durante o cumprimento da pena. No entanto, a decisão final dependerá de fatores como a segurança, a natureza das acusações e as políticas do Departamento de Justiça.
O caso de Diddy também ganhou contornos políticos devido à menção do presidente Trump. Em maio de 2025, durante uma coletiva de imprensa, Trump foi questionado sobre a possibilidade de conceder um perdão a Diddy. Sua resposta foi cautelosa, mas deixou margem para especulações. “Ninguém perguntou diretamente, mas sei que as pessoas estão pensando nisso. Não tenho acompanhado o caso de perto, embora ele esteja recebendo muita cobertura”, disse Trump. Ele também mencionou que sua relação com Diddy, que já foi amigável, esfriou após sua entrada na política. “Li algumas declarações não muito gentis no jornal, mas isso não influencia minha decisão. Eu analisaria os fatos. Se achar que alguém foi maltratado, não importa se gosta ou não de mim, isso não teria impacto”, afirmou o presidente. Essa declaração gerou debates sobre a possibilidade de um perdão presidencial, embora nada tenha sido confirmado.
A trajetória de Diddy, de um jovem empreendedor do Harlem a uma figura global, sempre esteve sob os holofotes. Fundador da Bad Boy Records, ele lançou carreiras de artistas como The Notorious B.I.G. e construiu um império que inclui moda, bebidas e mídia. No entanto, nos últimos anos, sua reputação enfrentou desafios devido a acusações de má conduta, tanto em processos civis quanto criminais. Apesar das absolvições em parte das acusações, as duas condenações por transporte para prostituição representam um golpe significativo. A sentença final, que será determinada nas próximas semanas ou