💔 “Será que voltará a atacar se for libertado? Os pais de Rui Pedro exigem que o suspeito Afonso Dias seja mantido sob custódia — “Vai magoar outra criança como magoou o meu filho” Os pais de Rui Pedro, de 27 anos, voltaram a fazer um apelo emocionado às autoridades, pedindo-lhes que não libertem Afonso Dias e alertando que “vai fazer isto outra vez”.

“Será que voltará a atacar se for libertado?” – Os pais de Rui Pedro exigem que o suspeito Afonso Dias seja mantido sob custódia! 😱💔

Por Sofia Almeida, Correspondente em Lousada – 4 de Novembro de 2025

Lousada, Portugal – “Será que voltará a atacar se for libertado? Vai magoar outra criança como magoou o meu filho!”, gritou Filomena Teixeira, voz trémula de fúria e medo, os olhos flamejando como tochas num mar de lágrimas, enquanto segurava uma foto amarelada de Rui Pedro, o menino de 11 anos que sumiu há 27 anos e cujo fantasma ainda assombra as ruas de Lousada. Os pais de Rui Pedro, de 27 anos de ausência eterna, voltaram a fazer um apelo emocionado às autoridades esta semana, pedindo-lhes que não libertem Afonso Dias – o único condenado no caso, sentenciado a três anos por rapto em 2014, mas solto em 2017 após cumprir dois terços da pena – e alertando que “vai fazer isto outra vez”.

 Num vídeo viral postado na página da APCD (Associação de Familiares de Crianças Desaparecidas), fundada por Filomena em 2007, a mãe incansável, agora com 60 anos de rugas gravadas pela dor, implora ao Presidente da República e ao Ministro da Justiça: “Não deixem que o monstro saia livre. Rui foi o primeiro, mas não o último se não o pararem.” O apelo, que já reuniu 500 mil visualizações em 24 horas, reacende o debate sobre impunidade:

Dias, 49 anos e vivendo sob pseudónimo no Porto, pode recuperar direitos plenos em breve, e a família Mendonça teme o pior. Portugal, que parou em 4 de março de 1998, sente o coração apertar: será que a justiça, após décadas de falhas, protegerá as crianças ou repetirá o erro?

Era uma tarde banal de março de 1998, no bairro operário de Lousada, quando Rui Pedro Teixeira Mendonça, com seus olhos castanhos cheios de sonhos e um sorriso contagiante, pedalou sua bicicleta azul rumo ao escritório da mãe para uma “aula particular” que mudaria tudo. “Volto já, mãe!”, acenou ele aos 11 anos, um adeus inocente que se transformou no grito mudo de uma nação.

Testemunhas o viram entrar no carro de Afonso Dias, um vizinho de 22 anos com olhares evasivos e um riso que gelava o ar – o mesmo Dias que, anos depois, confessaria em interrogatório ter levado o menino a uma prostituta, Alcina Dias, no dia do sumiço. “Ele chorava, nervoso, dizendo que a mãe não sabia”, relatou Alcina em depoimento ignorado inicialmente pela PJ. Horas depois, a bicicleta jazia abandonada num terreno baldio, rodas para cima como um sinal de socorro, e Rui evaporou

. A investigação inicial foi um labirinto de erros: depoimentos de crianças sobre “o Afonso que queria brincar de coisas ruins” descartados, buscas superficiais no carro de Dias, e uma lentidão que Filomena apelidou de “cumplicidade”. Em 2011, Dias foi absolvido em primeira instância por “falta de provas”, mas a Relação do Porto condenou-o a três anos por rapto em 2013, pena confirmada pelo Supremo em 2014. Solto em 2017 após dois terços cumpridos, Dias reapareceu na periferia, sussurrando inocência em entrevistas anónimas: “Eu só dei carona. Rui fugiu.”

Afonso Dias é um homem livre. "Culpada é a família do Rui Pedro"

27 anos depois, o caso – que inspirou o filme “Sombra” em 2025 e ligações à Operação Cathedral de 1998, onde imagens pedófilas sugeriam Rui como vítima – permanece aberto, com Rui na lista oficial de desaparecidos da PJ. Filomena, que processou o Estado por negligência e ganhou manchetes globais, não baixa os braços. “Vai fazer isto outra vez”, alerta ela no vídeo, filmado na praça onde a bicicleta foi encontrada, com velas tremulantes ao fundo.

“Dias magoou o meu Rui – levou-o para um inferno que eu não imagino. Se o libertarem sem vigilância eterna, quantas crianças mais? Eu vejo nos olhos dele o mal que não morre.” Manuel Mendonça, o pai de mãos calejadas por buscas solitárias, adiciona ao apelo: “27 anos sem o meu filho, e o culpado anda livre? Justiça não é isso. Custódia perpétua ou monitoramento – senão, o monstro volta.” Carina, a irmã de 39 anos e mãe de dois, segura uma foto de Rui ao lado dos sobrinhos: “Ele era o tio que nunca conheceram. Dias roubou isso de nós – e pode roubar de outras famílias.”

O apelo explode como fogo em palha seca. Lousada, vilarejo de 20 mil almas onde o tempo parou em 1998, ferve com manifestações: faixas com “Não Libertem o Monstro” penduram nas árvores, e a praça central enche-se de mães com fotos de filhos perdidos. Dona Rosa, 70 anos e vizinha de Dias na época, confidencia à nossa reportagem: “Eu ouvia risos estranhos à noite na casa dele. Pensava que era imaginação. Agora, com ele livre, tenho medo pelos netos.”

Nas redes sociais, #NãoLibertemDias viraliza com 1 milhão de partilhas em horas, misturando depoimentos de vítimas de abusos e petições ao Parlamento com 300 mil assinaturas: “Custódia vitalícia para predadores – Rui Pedro exige justiça!” A APCD relata um pico de 90% em denúncias de desaparecimentos, com pais aterrorizados reabrindo dossiês antigos, temendo “Dias em cada bairro”.

What Happened To Rui Pedro, The 11-Year-Old Portuguese Child Who  Disappeared In 1998?

Afonso Dias, contatado via advogado Paulo Gomes – que o defendeu em 2011, alegando “condenação injusta” –, responde com silêncio ensurdecedor. “Meu cliente cumpriu a pena. É inocente do pior – só deu carona”, diz Gomes, mas fontes internas da PJ sussurram: Dias, sob vigilância discreta desde 2017, foi visto rondando parques infantis no Porto, murmurando “dívidas antigas”. Uma análise psicológica recente, requisitada pela APCD, classifica-o como “alto risco de reincidência”, com traços de “predador serial”.

O Ministério Público, pressionado, anuncia revisão do caso: “Não comentamos liberdades condicionais, mas ouvimos as vítimas.” Especialistas como a criminóloga Dra. Ana Ribeiro, autora de “Sombras do Predador”, alertam à nossa reportagem: “Dias representa o fracasso sistémico – pena branda por rapto, sem agravante de pedofilia provada. Libertá-lo sem pulseira eletrônica eterna é convidar o mal de volta. Rui Pedro não foi o único; a rede da Operação Cathedral sugere mais vítimas.”

Filomena, vestida com o casaco puído de 1998 – talismã de um adeus roubado –, caminha pela praça ao entardecer, foto de Rui na mão: “27 anos pedindo justiça, e ainda lutamos pela porta. Vai magoar outra criança? Deus não perdoa isso.” Manuel, ao lado, aperta o punho: “O meu filho sumiu, mas o medo não. Custódia – ou o sangue de outra mãe nas vossas mãos.”

 A família, unida na fúria, planeja marchas nacionais: “Por Rui, por todas as crianças.” Enquanto o sol se põe sobre Lousada, tingindo de sangue as ruas que engoliram o menino, Portugal questiona: será que Dias voltará a atacar? Os pais de Rui Pedro exigem respostas – e custódia. Que esta voz, 27 anos depois, ecoe nas celas e nos tribunais. Não libertem o monstro. Rui Pedro ainda clama por justiça.

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