No mundo acelerado da Fórmula 1, a McLaren se encontra em destaque na temporada de 2025, com seus pilotos Oscar Piastri e Lando Norris em uma luta intensa pelo título mundial. Com apenas 10 corridas restantes, a liderança da McLaren sobre o restante do grid é avassaladora, e a disputa pelo campeonato se resume a um duelo interno entre suas duas estrelas. Piastri lidera a classificação com nove pontos de vantagem sobre Norris, que venceu três das últimas quatro corridas, incluindo uma emocionante vitória no Grande Prêmio da Hungria. Este confronto não apenas define o futuro imediato da McLaren, mas também levanta questões sobre como a equipe lidará com a pressão de ter dois pilotos tão competitivos.
O domínio da McLaren em 2025 é inegável. Com 11 vitórias nas primeiras 14 corridas, a equipe garantiu o Campeonato de Construtores e agora está voltando sua atenção para o título de Pilotos. No entanto, a dinâmica entre Piastri e Norris não é isenta de tensão. O ex-piloto de F1 Juan Pablo Montoya recentemente apontou para um comentário do CEO da McLaren, Zak Brown, que poderia causar atrito. Brown afirmou que esta é “a era de Lando Norris”, uma declaração que Montoya disse que poderia decepcionar Piastri, que lidera o campeonato. “É interessante que Zak diga: ‘Esta é a era de Lando’. Ele não disse: ‘Esta é a era de Oscar'”, comentou Montoya, destacando a potencial percepção de favoritismo dentro da equipe.
Apesar dessas especulações, Brown insiste que a relação entre seus pilotos é sólida. Em entrevista à BBC Sport, ele afirmou que Norris e Piastri “não terão um desentendimento sério” devido à comunicação, confiança e respeito mútuo que existe dentro da equipe. Brown espera que os pilotos continuem a correr de forma justa, mesmo que colidam na pista, como aconteceu no Grande Prêmio do Canadá em junho, onde Norris assumiu a responsabilidade por um incidente com Piastri. “Tenho certeza de que eles vão se chocar novamente em algum momento, mas estou convencido de que não será proposital”, garantiu Brown, enfatizando sua confiança no profissionalismo de ambos os pilotos.
A estratégia da McLaren de permitir que seus pilotos compitam livremente adiciona um elemento intrigante à temporada. Na Hungria, Norris optou por uma estratégia arriscada de uma parada só que lhe permitiu ultrapassar Piastri, que havia dominado grande parte da corrida. Essa abordagem, embora arriscada, reflete a filosofia da McLaren de não favorecer um piloto em detrimento de outro, uma decisão que contrasta com a rivalidade tóxica entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso em 2007. Brown e o diretor da equipe, Andrea Stella, estão determinados a evitar um cenário semelhante, priorizando a harmonia e a justiça.
Com Max Verstappen 97 pontos atrás de Piastri e a Red Bull em declínio, o título parece destinado a ficar com a McLaren. No entanto, Brown alerta que um erro ou um abandono podem mudar tudo. “Tudo vai se resumir à execução”, disse Brown ao The Race, sugerindo que o campeonato pode ser decidido por detalhes minuciosos ou até mesmo pelas ações de rivais externos. Esse cenário apresenta um dilema fascinante: como a McLaren lidará com a inevitável decepção de um de seus pilotos quando o título for decidido em Abu Dhabi?
Brown já antecipou esse momento, revelando que planeja se reunir com os dois pilotos para discutir como celebrar a vitória de um sem alienar o outro. “Um de vocês vencerá e será o melhor dia da sua vida; o outro perderá e você ficará arrasado. Como você quer que lidemos com isso?”, explicou Brown, demonstrando uma abordagem humana que busca preservar a coesão da equipe. Essa estratégia não apenas reflete as lições aprendidas no passado, mas também posiciona a McLaren como uma equipe que valoriza seus pilotos como indivíduos, não apenas como competidores.
À medida que a temporada se aproxima do seu clímax, os fãs de Fórmula 1 não conseguem tirar os olhos da McLaren. A batalha entre Piastri e Norris promete muita ação, e o mundo aguarda para ver se a equipe consegue manter seu domínio sem sacrificar a harmonia interna. Com o Grande Prêmio da Holanda se aproximando, a questão fica clara: quem será coroado rei da McLaren e da Fórmula 1 em 2025?