O mundo da Fórmula 1 foi pego de surpresa com uma reviravolta inesperada envolvendo Yuki Tsunoda, o jovem piloto japonês da Red Bull. Segundo fontes próximas à equipe, Tsunoda fez uma exigência audaciosa ao negociar a renovação de seu contrato: um salário superior ao de Max Verstappen, o tetracampeão mundial e principal estrela da equipe. A demanda, que inicialmente parecia improvável de ser levada a sério, gerou uma reação inesperada do chefe da equipe, Frédéric Vasseur, que assumiu o comando da Red Bull após a saída de Christian Horner em 2025. Em vez de rejeitar a proposta de imediato, Vasseur surpreendeu a todos ao considerar a possibilidade, levantando especulações sobre o futuro de Tsunoda e a dinâmica interna da equipe austríaca.
Tsunoda, de 25 anos, foi promovido da Racing Bulls para a equipe principal da Red Bull no início da temporada de 2025, substituindo Liam Lawson após apenas duas corridas. A decisão foi impulsionada pelo apoio financeiro da Honda, que, segundo relatos, ofereceu até 20 milhões de euros para garantir a vaga do japonês ao lado de Verstappen. No entanto, a passagem de Tsunoda pela Red Bull tem sido marcada por resultados decepcionantes. Com apenas sete pontos conquistados em dez corridas, ele enfrenta dificuldades para acompanhar o ritmo de Verstappen, que continua dominando a categoria. Sua performance mais recente no Grande Prêmio da Áustria, onde terminou em último e foi ultrapassado duas vezes, destacou as limitações do japonês na pilotagem do RB21, um carro projetado para maximizar o talento de Verstappen, mas desafiador para outros pilotos.
A exigência de um salário superior ao de Verstappen, estimado em 65 milhões de dólares por ano, é vista como uma tentativa de Tsunoda de afirmar seu valor em um momento crítico de sua carreira. Com seu contrato se aproximando do fim em 2025, o piloto japonês parece estar buscando garantias financeiras e de status dentro da equipe. Fontes sugerem que a Honda, parceira de longa data de Tsunoda, está pressionando para mantê-lo na Red Bull, especialmente com a transição da fabricante japonesa para fornecer motores à Aston Martin a partir de 2026. Essa pressão, no entanto, não tem sido suficiente para compensar os resultados abaixo do esperado, e a demanda salarial de Tsunoda foi recebida com ceticismo por parte da imprensa e dos fãs.
A reação de Vasseur, no entanto, é o que mais chamou a atenção. Em vez de descartar a exigência, o chefe da Red Bull teria iniciado conversas com Tsunoda e seus representantes, sugerindo que a equipe está disposta a avaliar opções para mantê-lo, mesmo que parcialmente. “Yuki é um talento bruto, e a Red Bull acredita em segundas chances”, teria dito Vasseur em uma reunião interna, segundo fontes próximas. Essa abordagem contrasta com a postura rígida de seus antecessores, como Helmut Marko, que frequentemente optava por dispensar pilotos que não entregassem resultados imediatos. A abertura de Vasseur pode ser uma estratégia para manter a harmonia com a Honda, uma parceira crucial, enquanto a equipe enfrenta incertezas sobre o futuro de Verstappen, que tem sido alvo de rumores de uma possível transferência para a Mercedes.
A situação de Tsunoda é complicada pelo histórico da Red Bull em lidar com o segundo assento ao lado de Verstappen. Pilotos como Pierre Gasly, Alex Albon, Sergio Pérez e Liam Lawson enfrentaram dificuldades semelhantes, com o carro da equipe sendo descrito como uma “besta” que apenas Verstappen consegue domar. A falta de consistência de Tsunoda, somada à sua exigência salarial, levanta dúvidas sobre sua permanência na equipe em 2026. Rumores apontam que Isack Hadjar, jovem promessa da Racing Bulls, está sendo preparado como um possível substituto, enquanto a Honda considera levar Tsunoda para a Aston Martin como piloto reserva.
Enquanto a temporada de 2025 se aproxima de sua reta final, a Red Bull enfrenta um momento de transição. A saída de Horner, as dificuldades com o RB21 e a incerteza sobre Verstappen colocam pressão sobre Vasseur para tomar decisões ousadas. A exigência de Tsunoda, embora audaciosa, reflete a confiança do piloto em seu potencial, mas também expõe as tensões internas em uma equipe que luta para recuperar o título de construtores perdido para a McLaren em 2024. A resposta de Vasseur ao ultimato de Tsunoda será crucial para definir não apenas o futuro do japonês, mas também o rumo da Red Bull em uma temporada marcada por desafios e mudanças inesperadas.