O mundo da Fórmula 1 foi abalado por mais um capítulo polêmico envolvendo a Red Bull Racing e seu piloto estrela, Max Verstappen. O tetracampeão mundial, conhecido por sua habilidade excepcional e competitividade feroz, encontra-se em uma posição delicada na temporada de 2025, estando 69 pontos atrás do líder do campeonato, Oscar Piastri, após uma série de decisões questionáveis da equipe austríaca. A mais recente controvérsia, que ganhou destaque no paddock, envolve uma suposta decisão irresponsável da Red Bull que comprometeu o desempenho de Verstappen e gerou críticas contundentes, tanto de rivais quanto de analistas.

A temporada de 2025 tem sido um desafio para a Red Bull, que, após anos de domínio na Fórmula 1, enfrenta dificuldades técnicas e estratégicas. Desde o início do ano, a equipe tem lutado com problemas de equilíbrio no carro RB21, que apresenta subviragem em baixas velocidades e sobreviragem em altas velocidades, tornando-o difícil de pilotar até mesmo para um talento como Verstappen. Esses problemas foram agravados pela saída de figuras-chave, como o projetista Adrian Newey, que se juntou à Aston Martin, e a demissão do chefe de equipe Christian Horner, substituído por Laurent Mekies em julho de 2025. A troca no comando, embora vista como uma tentativa de reestruturar a equipe, não trouxe os resultados esperados, e a Red Bull continua em quarto lugar no Mundial de Construtores.

O epicentro do escândalo atual ocorreu no Grande Prêmio da Espanha, onde Verstappen sofreu uma punição de 10 segundos após uma colisão com George Russell. A decisão dos comissários, que o fez cair de P5 para P10, gerou revolta no paddock, com muitos considerando a penalidade branda diante do histórico do piloto holandês. No entanto, o que realmente inflamou as críticas foi a estratégia da Red Bull durante a corrida. A equipe optou por não protestar formalmente contra a decisão, apesar de Horner, antes de sua saída, ter mostrado imagens que sugeriam que Verstappen tinha vantagem na manobra. Essa escolha foi considerada irresponsável por analistas, que apontaram que a Red Bull perdeu a chance de recuperar pontos cruciais para Verstappen, que agora está a apenas um ponto de uma possível suspensão por acumular 11 pontos em sua superlicença.

A situação se complicou ainda mais com rumores sobre o futuro de Verstappen na equipe. Com um contrato até 2028, o piloto possui uma cláusula que permite sua saída caso não esteja entre os três primeiros no campeonato após uma parte significativa da temporada. Atualmente na terceira posição, com 69 pontos, Verstappen está apenas oito pontos atrás do líder Lando Norris, mas a ascensão de Piastri, que venceu o GP da Espanha, ampliou a diferença para 69 pontos. Fontes indicam que Verstappen está frustrado com a falta de competitividade do carro e com as decisões estratégicas da equipe, o que alimentou especulações sobre uma possível transferência para a Mercedes ou Aston Martin em 2026. Helmut Marko, consultor da Red Bull, minimizou os rumores, afirmando que a equipe está confiante em manter Verstappen, mas admitiu que o desempenho do carro precisa melhorar urgentemente.

Além das questões em pista, a Red Bull enfrenta desafios internos. A promoção de Liam Lawson como companheiro de Verstappen não trouxe os resultados esperados, com o neozelandês ainda sem pontuar na temporada. A equipe também lida com a transição para sua própria unidade de potência em 2026, um projeto que enfrenta dificuldades técnicas, especialmente na integração entre bateria e motor a combustão. Esses problemas levantam dúvidas sobre a capacidade da Red Bull de voltar a ser uma força dominante na Fórmula 1, especialmente com a McLaren e a Ferrari liderando as inovações em 2025.

A pressão sobre Verstappen é imensa. Apesar de sua habilidade inquestionável, o holandês enfrenta um cenário onde cada erro pode custar caro, tanto em pontos quanto em sua relação com a equipe. A Red Bull, por sua vez, precisa encontrar soluções rápidas para recuperar a confiança de seu piloto e evitar uma crise ainda maior. A temporada de 2025, que prometia ser competitiva, transformou-se em um teste de resiliência para a equipe austríaca. Resta saber se a Red Bull conseguirá se reerguer ou se o reinado de Verstappen está, de fato, em seus momentos finais.