A Fórmula 1 nunca para de surpreender, e no coração do Red Bull Ring, o Grande Prêmio da Áustria deixou um gosto amargo na boca da Red Bull Racing. Christian Horner, o chefe da equipe, enfrenta um momento crítico: a possibilidade de perder sua estrela, Max Verstappen, e a necessidade de fortalecer uma equipe que não consegue encontrar o equilíbrio. Com a incerteza em torno do tetracampeão mundial, Horner parece estar se movimentando para atrair um piloto com 20 pódios: George Russell, da Mercedes. Mas o que realmente está acontecendo nos bastidores da equipe austríaca?
O fim de semana na Áustria foi um desastre para a Red Bull. Verstappen, que largou em sétimo após a classificação ter sido interrompida por uma bandeira amarela, viu sua corrida terminar antes de completar uma volta completa devido a uma colisão com Kimi Antonelli, da Mercedes. O companheiro de equipe de Verstappen, Yuki Tsunoda, teve um desempenho ainda pior, terminando em último, duas voltas atrás do líder. Horner não escondeu sua frustração, apontando para uma “grande diferença” entre o desempenho de seus dois pilotos, uma lacuna que evidencia os problemas estruturais da equipe. Tsunoda, visivelmente sem confiança, tem lutado para se adaptar ao RB21, um carro projetado em grande parte para maximizar os talentos de Verstappen, mas que parece ser um desafio para qualquer outro piloto.
Enquanto a Red Bull luta para retomar seu domínio, a possibilidade de Verstappen deixar a equipe acendeu o alarme. Com um contrato válido até 2028, o holandês possui cláusulas que podem permitir sua saída antecipada caso o desempenho da equipe não melhore. A liderança da McLaren no campeonato, liderada por Oscar Piastri e Lando Norris, deixou Verstappen 61 pontos atrás do líder, uma diferença que parece intransponível na atual temporada. A Mercedes, por sua vez, não escondeu seu interesse no tetracampeão mundial. O chefe da Mercedes, Toto Wolff, confirmou conversas com a equipe de Verstappen, embora insista que as chances de vê-lo em sua equipe em 2026 são baixas. No entanto, as palavras de George Russell, que revelou que sua renovação de contrato com a Mercedes está suspensa enquanto a equipe avalia a possibilidade de contratar Verstappen, jogaram mais lenha na fogueira.
Diante desse cenário, Horner parece estar jogando uma carta ousada: tentar atrair George Russell para a Red Bull. Segundo o jornalista Felix Gorner, a equipe austríaca está em negociações com o piloto britânico, que soma 20 pódios e quatro vitórias na carreira. A ideia de uma troca de pilotos entre a Red Bull e a Mercedes, com Verstappen potencialmente indo na direção oposta, gerou uma onda de especulações. Russell, um talento comprovado, pode ser a chave para estabilizar o segundo lugar da Red Bull, que tem sido um ponto fraco há anos. Pilotos como Sergio Pérez, Alex Albon, Pierre Gasly e agora Tsunoda têm lutado para acompanhar o ritmo de Verstappen, e a falta de competitividade do segundo carro deixou a equipe em uma posição vulnerável no campeonato de construtores.
A situação não é apenas uma questão de piloto. O RB21, embora competitivo nas mãos de Verstappen, apresentou limitações que Horner atribui à evolução do carro em uma direção específica. Apesar disso, o chefe da Red Bull insiste que sua equipe não perdeu a capacidade de inovação, lembrando que há apenas 18 meses eles dominavam quase todas as corridas. A pressão agora é para encontrar soluções antes que a temporada de 2026 traga um novo conjunto de regulamentos que podem mudar a ordem competitiva.
O Grande Prêmio da Grã-Bretanha em Silverstone será um teste crucial para a Red Bull. Horner espera que a equipe ajude Tsunoda a recuperar a confiança, mantendo Verstappen comprometido com o projeto. Mas com a Mercedes se aproximando e rumores de possível interesse da Aston Martin em ambos os pilotos, o futuro da Red Bull está em jogo. Será que Horner conseguirá convencer Russell a se juntar à equipe? Ou será Verstappen quem dará o salto? A Fórmula 1, como sempre, promete emoções e reviravoltas inesperadas.