HAMILTON NA FERRARI: VASSEUR PERDE A LINHA APÓS GP DA ARÁBIA | FORMULA 1 2025

A temporada de 2025 da Fórmula 1 está pegando fogo, e o Grande Prêmio da Arábia Saudita trouxe um capítulo explosivo para a saga de Lewis Hamilton na Ferrari. O heptacampeão, que chegou à escuderia italiana com expectativas altíssimas, enfrentou um fim de semana desastroso em Jeddah, terminando em sétimo lugar, enquanto seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, brilhou com o primeiro pódio da Ferrari no ano. A tensão atingiu o ápice quando Frédéric Vasseur, chefe da equipe, perdeu a paciência em uma coletiva de imprensa, respondendo com veemência às críticas sobre o desempenho “dramático” de Hamilton e da equipe. O que está acontecendo em Maranello? Este drama está abalando a Fórmula 1 e levantando perguntas sobre o futuro do lendário piloto na Ferrari.

O GP da Arábia Saudita, disputado no circuito de Jeddah-Corniche, foi um teste de fogo para Hamilton. Após uma temporada marcada por altos e baixos, com uma vitória na corrida sprint na China, mas resultados inconsistentes nas corridas principais, o britânico chegou à Arábia Saudita sob pressão. Na classificação, ele conseguiu apenas o sétimo lugar no grid, atrás de Carlos Sainz pela segunda vez consecutiva. Durante a corrida, Hamilton não conseguiu acompanhar o ritmo dos líderes, terminando a prova 30 segundos atrás de Leclerc, que garantiu o terceiro lugar com uma estratégia brilhante de gerenciamento de pneus. “Foi horrível, não foi nada agradável. Eu só estava deslizando”, desabafou Hamilton após a corrida, admitindo que não encontrou ritmo e prevendo um ano “doloroso” pela frente.

A frustração de Hamilton é compreensível. Com 31 pontos, ele ocupa a sétima posição no campeonato de pilotos, bem atrás de Leclerc, que soma 47 pontos e é o quinto colocado. A Ferrari, com 78 pontos, está na quarta posição no campeonato de construtores, a 110 pontos da líder McLaren. As modificações no SF-25, o carro de 2025, não entregaram o desempenho esperado, e a equipe enfrenta dificuldades para competir com McLaren, Red Bull e Mercedes. Enquanto Leclerc parece se adaptar melhor ao carro, Hamilton luta com o equilíbrio e a tração, especialmente em curvas de média e alta velocidade, como as de Jeddah. Análises de telemetria apontam que Hamilton enfrenta subviragem nas frenagens, o que o força a atrasar a aceleração, perdendo tempo em retas.

A situação ficou ainda mais tensa na coletiva pós-corrida. Quando questionado sobre a “queda dramática” no desempenho da Ferrari, Vasseur explodiu: “Dramaticamente? Fizemos cinco corridas até agora. Isso é uma besteira do c***! Estamos em competição, há altos e baixos. Quando estamos no topo, não somos campeões do mundo. Quando estamos em baixa, não estamos no fundo do poço.” A reação de Vasseur reflete a pressão que a Ferrari enfrenta para atender às expectativas criadas pela chegada de Hamilton, um movimento que gerou enorme visibilidade para a equipe. A primeira foto de Hamilton em Maranello teve quase seis milhões de curtidas, e o teste inaugural no circuito de Fiorano atraiu multidões. No entanto, os resultados em pista ainda não correspondem ao hype.

Apesar do momento difícil, Vasseur mantém apoio incondicional a Hamilton. “Estou 2000% ao lado dele. Vamos começar na segunda-feira a encontrar razões e soluções”, afirmou, destacando o potencial do piloto e da equipe. Ele minimizou as preocupações, citando o desempenho de Hamilton na China e no Bahrein como prova de que o talento está lá. “O problema é o equilíbrio do carro e como ele trabalha os pneus. Vamos resolver isso juntos”, garantiu. A relação entre Vasseur e Hamilton, que começou na GP2, é um trunfo, mas o chefe da Ferrari sabe que precisa entregar resultados para justificar a aposta no heptacampeão.

A torcida da Ferrari, conhecida por sua paixão, está dividida. Em plataformas como o X, alguns fãs defendem Hamilton, pedindo paciência: “Ele precisa de tempo para se adaptar ao carro. Leclerc também teve dificuldades no início.” Outros, porém, questionam se Hamilton, aos 40 anos, ainda tem o que é preciso para competir no topo. “Leclerc está levando a Ferrari nas costas. Hamilton precisa acordar”, escreveu um usuário. A pressão também recai sobre Vasseur, que enfrenta o desafio de transformar a Ferrari em uma equipe campeã, algo que não acontece desde 2008.

Enquanto a Fórmula 1 se prepara para o GP de Miami, em 4 de maio, todos os olhos estão voltados para Maranello. Será que Hamilton e Vasseur conseguirão superar as dificuldades e levar a Ferrari de volta ao topo? Ou este será um ano de transição marcado por frustrações? Uma coisa é certa: na Fórmula 1, o drama nunca para, e a saga de Hamilton na Ferrari está apenas começando. A próxima corrida pode ser o momento de redenção – ou o início de uma crise ainda maior.

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