Em um evento que chocou o mundo dos esportes e do entretenimento, a National Football League (NFL) teria aplicado uma multa astronômica de US$ 1 bilhão à renomada cantora Andra Day por sua performance de “Lift Every Voice and Sing”, conhecido como o Hino Nacional Negro, durante o Super Bowl LVIII, realizado em 11 de fevereiro de 2024, em Las Vegas. A notícia, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais e portais de notícias, gerou uma onda de indignação, debates acalorados e questionamentos sobre liberdade de expressão, igualdade racial e o papel da NFL na sociedade contemporânea.

Andra Day, uma artista premiada e reconhecida por sua voz poderosa e letras impactantes, subiu ao palco do Allegiant Stadium com a missão de homenagear a história e a luta da comunidade afro-americana. Sua interpretação de “Lift Every Voice and Sing”, uma canção escrita em 1900 por James Weldon Johnson e adotada como hino pelo Movimento dos Direitos Civis, foi recebida com aplausos calorosos pela multidão presente. A música, que fala de esperança, resistência e unidade, tornou-se um símbolo de luta contra a desigualdade racial nos Estados Unidos, especialmente após os protestos desencadeados pelo assassinato de George Floyd em 2020. Desde então, a NFL incluiu a canção em suas cerimônias, como parte de um compromisso de promover a justiça social e combater o racismo sistêmico.

No entanto, segundo fontes que circularam na internet, a NFL teria considerado a performance de Andra Day uma “violação de contrato”, alegando que a apresentação não estava autorizada como parte do programa oficial do Super Bowl. A multa de US$ 1 bilhão, um valor sem precedentes na história da liga, foi justificada por alguns como uma tentativa de manter o evento “neutro politicamente”, evitando performances que possam “dividir” o público. Críticos dessa decisão, por outro lado, argumentam que a punição é desproporcional e reflete uma postura repressiva contra expressões culturais e raciais.
A controvérsia reacendeu debates sobre o histórico da NFL em lidar com questões raciais. Em 2016, o ex-quarterback Colin Kaepernick, do San Francisco 49ers, ficou conhecido por se ajoelhar durante o hino nacional americano em protesto contra a violência policial e a injustiça racial. A atitude, que inspirou outros atletas, gerou uma resposta dura da liga, que em 2018 tentou proibir protestos durante o hino, sujeitando clubes a multas por desrespeito. A NFL também enfrentou críticas por sua lentidão em adotar medidas concretas contra o racismo, apesar de promessas como o fundo de US$ 250 milhões anunciado em 2020 para combater injustiças raciais.
Nas redes sociais, a suposta multa a Andra Day provocou reações polarizadas. Figuras conservadoras, como a ex-candidata ao Senado Kari Lake e o político Matt Gaetz, expressaram descontentamento com a inclusão do Hino Nacional Negro no Super Bowl, argumentando que há apenas “um hino nacional” e que a NFL deveria evitar “divisões raciais”. Por outro lado, ativistas e fãs da cantora defenderam a performance como um ato de celebração cultural e resistência. “Andra Day cantou com alma e paixão, honrando a história de luta do povo negro. Multá-la é um ataque à liberdade de expressão e à diversidade”, escreveu um usuário no X.
Especialistas apontam que a multa, se confirmada, seria não apenas financeiramente inviável, mas também juridicamente questionável. “Uma penalidade de US$ 1 bilhão por uma performance previamente anunciada pela NFL é absurda e carece de base legal”, afirmou um advogado especializado em direito esportivo em entrevista à imprensa americana. Além disso, a falta de um comunicado oficial da NFL sobre o caso levanta suspeitas de que a notícia possa ter origem em fontes satíricas ou desinformação, como o site SpaceXMania, que publicou um artigo sobre o tema em maio de 2024, mas é conhecido por conteúdos humorísticos.
Enquanto a verdade por trás da multa permanece incerta, o caso de Andra Day já entrou para a história como um marco na discussão sobre cultura, raça e poder no esporte. A performance de “Lift Every Voice and Sing” no Super Bowl LVIII, independentemente das consequências, reforçou a importância de dar voz às comunidades marginalizadas e desafiar narrativas que buscam silenciar expressões de identidade. Em um mundo cada vez mais dividido, a música continua sendo uma ponte para a unidade, e Andra Day, com sua coragem e talento, provou isso ao mundo.